sexta-feira, 24 de abril de 2009

Das muitas que matei...

(Foto Josi Olivera)

Fui embora sem olhar para trás.

Nem um pingo de culpa, ou dor. Apenas a sensação de dever cumprido.

Mais uma que morria para outras poderem nascer.


Assim, por tanto tempo, eu pude me refazer.


Cada personagem que era assassinada, com requintes de crueldade ou de maneira patética, abria uma vaga que mais dez disputavam.


O fervilhar de candidatas, por mais que eu quisesse evitar, fazia-me tentar prever quem seria a próxima vítima.


Quase sempre eu errava.


Mesmo porque, essas personalidades múltiplas se reproduzem feito ratos no meu porão. E algumas até são parecidas entre si.

2 comentários:

  1. Tá me dando uma inveja boa pela sensação de novidade. Tõ gostando de ver as múltiplas Malu's, que com certeza é um número primo, disputando espaço na rede, fervilhando como ratos, gostei da imagem. Malu's em expansão, reprodução assexuada, dividindo-se ela mesma até o infinito.
    bjbjbjbj

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  2. Meniiina, muito legal (além de enxuto) antes no trilho da imaginação, do que... (rs*). BeijoKs

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Grata pela visita. Beijo!